terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nova aventura - Joinville Machu Pichu com mulher na garupa, será?

Pois é, depois de dois anos da primeira grande aventura de moto, agora já com uma moto mais potente e melhor equipada, surgiu a oportunidade de ir a Machu Pichu novamente.

Durante os últimos meses programei que preparei aquilo que era necessário para uma nova viagem, desta vez com companheira na garupa, o que pra mim seria uma experiência nova numa viagem tão longa, em distância e em números de dias. Levar alguém na garupa é um desafio por si só. Motos são por definição um veículo egoísta. Eu mesmo não gosto de andar com gente na garupa, seja quem for. Claro que a companhia sempre é boa, com o comunicador vamos conversando, discutindo as coisas da viagem e outras tantas mais, mas o risco envolvido, o cansaço extra pelo peso, a demora a mais em tudo, a necessidade de cuidado com toda parada e desembarque, isso cansa bastante. Andar com garupa é bom num passeio, mas em viagem longa é fogo.

Isso sem contar que a garupa tem que estar em sintonia. Apesar de haver uma aura de glamour nestas viagens de moto, apesar de as crianças nos carros sempre nos darem tchauzinho, de alguns carros passagem buzinando, de vir gente conversar contigo dos postos de gasolina, fronteiras, etc...na verdade de glamour estas viagens não tem é nada. Viagens longas de moto significam chegar em uma cidade molhado e ter que ir procurar hotel, é chulé na roupa, cabelo ensebado, calor infernal em alguns lugares (como o interior da argentina onde faz 40 graus com a moto em movimento), frio de lascar em outros pontos, chuva no lombo, assaduras na bunda, dor nas costas.....enfim, só sendo louco mesmo. Em compensação, passar ao lado de uma plantação e sentir o cheiro das uvas não tem preço... Bom, como ia dizendo, se a tua garupa vai na viagem convencida por conta do glamour, mas não estiver preparada para a desgraça que é na realidade, a chance de um voltar de moto e outro de avião é boa.

Vamos à viagem propriamente dita, o roteiro por mim programado incluía (depois explico o porquê do verbo no passado):

Santa Rosa - RS
Corrientes - AR
Salta - AR
San Pedro de Atacama - CH
Arica - CH
Moquegua - PE
Puno - PE
Cuzco - PE
Machu Pichu - PE
Nazca - PE
Arequipa - PE
Antofagasta - CH
Tilcara - AR
Santiago del Estero - AR

Alguns lugares passaríamos 2 vezes por conta de ida e volta, mas enfim, as cidades são estas. Perto de 23 dias e cerca de 11 mil km.

Próximo post já trato do primeiro dia.

Abraço