domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fotinhas mais atuais só pra dar um gostinho










Dia 26 – terceiro dia – de Goya a Córdoba, 655km


Há uma balsa de Goya a Reconquista, achávamos que o rio poderia ser atravessado a qualquer momento, de modo que havíamos planejado chegar no dia anterior em Reconquista, não deu, pois a balsa sai apenas uma vez ao dia de cada cidade, pela manha de Reconquista e pela tarde de Goya. Enfim, não esperaríamos até a tarde pela balsa para depois ter que rodar mais um tantão. Resolvemos que desceríamos o Rio Paraná até Paraná e Santa Fé e tocaríamos para Córdoba dali. O trecho até Santa Fé é bem chatinho, e de Santa Fé pra frente não é muito diferente. O que mudou de 2 anos pra cá é que agora a R19 depois de Santa Fé está duplicado, impecável. Chegando em Córdoba levamos um tempo até achar um hotel, e quando achamos um e chegamos no quarto, resolvemos sair, pois tinha luz vermelha no quarto...hehehe Pedi a grana de volta e acabamos ficando no Aruba, nada muito especial, mas de família.

Em Paraná, parada pro almoço 


Entrada do túnel sob o rio




Já em Córdoba - sem mais imagens, fotos só começam a ficar boas a partir de amanhã.

Chegamos meio tarde em Córdoba, saímos para dar uma volta, fomos no mercado, shopping, andamos em algumas praças, shopping, jantamos, demos umas voltas e voltamos pra dormir. Neste dia minha bota estava podre, podre podre, era impossível de usar. Essa bota já tinha mais de 50 mil km de estrada, já estava rasgada, entra água por tudo, mas não sai. Depois do banho do primeiro dia e do calorão do segundo ela estava impossível. Quando saímos para jantar levai as botas junto e joguei no lixo. Os próximos dias viajaria de tênis, sim, inseguro, mas confortável e sequinho...heheh

25 – janeiro – segundo dia de viagem – Ijuí a Goya – 655km

Como havíamos decidido que iríamos a Goya, a saída já não seria mais por Porto Mauá e sim por São Borja. O lado bom é que em São Borja a divisa é cruzada por uma ponte, isso facilita muito a vida. Fizemos os trâmites aduaneiros e eu saí de lá incomodado pois os guardas da aduana/imigração argentina não me deram nenhum papel, nada, apenas colocaram nossos dados no computador. Afirmaram que por a moto estar no meu nome e por eu usar passaporte e não identidade não precisava de nada. Isso me incomodou porque geralmente sai-se se aduana com um papel de importação temporária da moto, e um cartão da migração, que deverão ser entregues na saída do país. Rodei incomodado com isso até sair da Argentina, mas sobre isso falo mais tarde.

Algumas fotinhas - Aí abaixo a passagem pelo Rio Uruguai, fronteira do Brasil com Argentina


Calorão de mais de 35 graus, difícil

A estrada é bem animada neste trecho, vejam

é muita animação

Interessante o padrão que as nuvens seguem


Antes de sair do Brasil enchi o tanque e o galão reserva de 3,5 litros que levo na mala lateral, afinal não sabia como estava de combustível na estrada. Saímos da fronteira e na tentativa de sair da R14 o mais rápido possível peguei uma estrada pro lado errado que fomos dar numa estrada de chão, fiz meia volta e encarei a 14 mesmo, até Uruguaiana, somem, portanto, ali naquela quilometragem mais 50 km. Depois de ter rodado 100km avistamos um posto e completei novamente, aproveitamos para tomar uma coca-cola e um sorvete. Parece que as guloseimas na argentina são mais gostosas que as nossas, é só impressão pq tem mais coisa diferente, só isso.

Depois de sair da R14 não topamos mais com nenhum posto, e cerca de uns 85 km antes de chegar a moto entrou na reserva, tínhamos mais 5 litros, marquei com a cabeça o km e fiquei esperando ela entrar na reserva 2, quando pisca diferente o sinal de gasolina, pois sabia que aí teria gasto 1,5 litros. Fazendo uma conta de cabeça cheguei na conclusão de que estava fazendo uns 18 por litro, claro que nessa altura eu já tava indo no sapatinho, porque até então eu vinha torcendo o cabo contra o vento. Nada de aparecer posto de combustível, apesar de o GPS indicar posto a frente. Fui diminuindo a velocidade na medida que ia avançando o km, e lá se iam, 50, 60, 70, 80km, e eu já tava mal encostando no acelerador, quando uns 4 km antes de chegar fomos parados numa barreira policial. Abordagem de rotina, perguntaram da moto e tal, e já aproveitei pra perguntar onde teria posto de combustível. Ele me informou que ali na rótula da cidade já teria, o fato é que eu estava com medo de a moto bem ligar mais. Conseguimos chegar lá, entraram 20,4 litros de gasolina na moto, depois de 365km, a moto fez 17 e pouco por litro. No abastecimento anterior tinha feito 15. O vento neste dia castigou nos retões da Argentina.
Fofos foram poucas, estão aí no meio.

A igreja de Goya, uma cidade pequena, mas movimentada, meio pobre pelo que parece, mas até que acolhedora, a Carolina deletou da memória 2 dias depois.

Um abraço

24 – janeiro – 2012 - De Joinville a Ijuí – 750 km aprox

Conforme o que havia sido combinado, no dia 24 pela manha, ao redor das 8 horas botamos o pé na estrada. Aqui não tem novidade, faríamos o caminho até Lages, depois de Lages a Santa Rosa.
Pegamos bastante transito até Rio do sul, o que nos fez chegar em Lages só às 12:30, almoçamos na casa dos meus pais e quando era 13 horas e pouco já estávamos na estrada novamente, agora com destino a Santa Rosa – RS

Lá perto da divisa do RS com SC já deu pra ver que vinha chuva pela frente, paramos para colocar a capa de chuva, e em questão de alguns kms já fomos molhados pela primeira vez, isso se repetiu ao longo do caminho, passando por Vacaria, Lagoa Vermelha, e a uma certa altura virou um senhor toró, que nos fez decidir parar em Ijuí, cerca de uns 130 km antes de Santa Rosa. Paramos num hotel de beira de estrada que é bom demais, cabanas, piscina, estacionamento bom, restaurante bom e um café da manha bom. Deu pra descansar, ainda aproveitei e passei na cidade para comprar um T para poder carregar os eletrônicos, esqueci o meu em Joinville. Já deixei a moto abastecida também.

Neste dia de noite a Carolina já começou a questionar o roteiro. Ainda bem que viemos sozinhos, pensei. Enfim, para mim não faria grande diferença, mas depois de ficar com a bunda doendo nos primeiros 750 km ela se assustou com o fato de ainda faltar 10 mil. O roteiro final ficou, a partir dali.

Ijuí
Goya
Córdoba
Mendoza
Vinã Del mar
Santiago
La Serena
Bahía Inglesa
Antofagasta
San Pedro de Atacama
Salta
Santiago Del Estero

E daí pra frente seria caminho de volta. O Peru, enfim, havia ficado de fora...heheh

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nova aventura - Joinville Machu Pichu com mulher na garupa, será?

Pois é, depois de dois anos da primeira grande aventura de moto, agora já com uma moto mais potente e melhor equipada, surgiu a oportunidade de ir a Machu Pichu novamente.

Durante os últimos meses programei que preparei aquilo que era necessário para uma nova viagem, desta vez com companheira na garupa, o que pra mim seria uma experiência nova numa viagem tão longa, em distância e em números de dias. Levar alguém na garupa é um desafio por si só. Motos são por definição um veículo egoísta. Eu mesmo não gosto de andar com gente na garupa, seja quem for. Claro que a companhia sempre é boa, com o comunicador vamos conversando, discutindo as coisas da viagem e outras tantas mais, mas o risco envolvido, o cansaço extra pelo peso, a demora a mais em tudo, a necessidade de cuidado com toda parada e desembarque, isso cansa bastante. Andar com garupa é bom num passeio, mas em viagem longa é fogo.

Isso sem contar que a garupa tem que estar em sintonia. Apesar de haver uma aura de glamour nestas viagens de moto, apesar de as crianças nos carros sempre nos darem tchauzinho, de alguns carros passagem buzinando, de vir gente conversar contigo dos postos de gasolina, fronteiras, etc...na verdade de glamour estas viagens não tem é nada. Viagens longas de moto significam chegar em uma cidade molhado e ter que ir procurar hotel, é chulé na roupa, cabelo ensebado, calor infernal em alguns lugares (como o interior da argentina onde faz 40 graus com a moto em movimento), frio de lascar em outros pontos, chuva no lombo, assaduras na bunda, dor nas costas.....enfim, só sendo louco mesmo. Em compensação, passar ao lado de uma plantação e sentir o cheiro das uvas não tem preço... Bom, como ia dizendo, se a tua garupa vai na viagem convencida por conta do glamour, mas não estiver preparada para a desgraça que é na realidade, a chance de um voltar de moto e outro de avião é boa.

Vamos à viagem propriamente dita, o roteiro por mim programado incluía (depois explico o porquê do verbo no passado):

Santa Rosa - RS
Corrientes - AR
Salta - AR
San Pedro de Atacama - CH
Arica - CH
Moquegua - PE
Puno - PE
Cuzco - PE
Machu Pichu - PE
Nazca - PE
Arequipa - PE
Antofagasta - CH
Tilcara - AR
Santiago del Estero - AR

Alguns lugares passaríamos 2 vezes por conta de ida e volta, mas enfim, as cidades são estas. Perto de 23 dias e cerca de 11 mil km.

Próximo post já trato do primeiro dia.

Abraço

terça-feira, 29 de março de 2011

Dia 2 - Porto Alegre a Punta del Este - 750km aprox

Pois bem

Depois de uns dias parado, sem postar, lá vou eu atualizar mais um dia.

Saímos de POA cedito no mas. Sete da manhã já estávamos cruzando a ponte do guaibão, até Pelotas tempo legal, depois de Pelotas, também, hehehe

Este é um trecho da viagem que enche um pouco o saco, pois não tem muito o que se ver, e depois que passa Rio Grande, que entra naquela pontinha do RS onde tem a reserva do Taim, não se vê mais nada, é bem monótono.

Pegamos um dia perfeito de sol, e como eu queria chegar em Chuí antes das 2:30 da tarde pra fazer a Carta Verde com segurança eu sentei a pua na moto, foi 130/140 o tempo todo, com vento contra, nem perguntem a média pq não fiz, mas sei que foi abaixo de 15km/l. Mas estava pesado, sem bolha, com garupa, e sangue nos óios.

No fim nem precisava chegar cedo em Chuí, achamos uma seguradora na Rua Peru, não lembro o nome, mas uma amarelinha, que fez tudo rapidinho e na hora, serviço de primeira.

Chuí é uma cidade engraçada, todo mundo fala meio com sotaque, de um lado da rua é Uruguay, de outro é Brasil. Tudo junto e misturado. Na real??? Uma merda. ahahahah

Entrando no Uruguai, a aduana foi tranquilissima, rapidinho. Minha impressão do Uruguay é a melhor possível, é uma fazendinha. Tudo certinho, tudo no lugar, tudo arrumadinho, tudo caprichado, de dar gosto em que vê. Parabéns aos Uruguaios. Uma coisa que não entendi é porque o nome do país é República Oriental do Uruguay. Tem uma ocidental??

Depois de uns 30km no país já surge a primeira atração, Forte Sta Tereza. Lugar bonito, mas nada de extraordinário tb. Vale conhecer, mas não se passa mais de meia hora lá.

O que gostei no Uruguai tb é que vc muiltiplica os pilas por 10 ao entrar, então fica rico de uma hora pra outra, bom demais sentir-se o fodão do dinheiro. Mas aí tu vai comprar uma água e vai metade da fortuna.

Umas fótias do forte.
Ahhh modelo



Depois é mais 200 km de retas e paisagens de fazendinha e estamos em Punta.

Linda cidade.
Limpa
Organizada
Rica(pelo menos pros turistas né, acho que os locais não são tão ricos)
Bonita
Bonita
Bonita.

A cidade da mão na praia.

Coisa de primeira, ficamos 2 dias, com direito a dormir na praia, passear de moto, comer de tudo, correr...
Vale encher a cara de doce de leite, de cerveja, e sanduíches. Depois emagrece.

Eu esperava um mar chocolatão como no RS, que nada, areia branca e mar azul como em SC.

Mais uma fótias.

Só miserável

A guerreira

Lugar feio
O descanso do gerreiro

Depois tem mais

Abraço

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dia 1 - Joinville a Porto Alegre - aprox 700km

Minha garupa estava em fpolis, e eu em Joinville. Havíamos até um dia antes arrumado a bagagem, que faltava apenas amarrar na moto e sair.

Saí de casa cedinho, umas 6 e meia da manha, num domingo nem de sol nem de chuva, ou Às vezes de sol e às vezes de chuva, mas não passavam de umas pancadinhas.

Cheguei em fpolis lá pelas 8 e meia, as 10 estávamos saindo rumo a Porto Alegre.

Descer ao sul de SC pela 101 não é uma coisa que gosto muito, apesar de já termos uma boa parte duplicada ainda tem vários trechos com desvios e anda-se o tempo todo na pilha. Hora ou outra dava uma pancadinha de chuva mas que não atrapalhava.

Alguns km depois de passar a divisa com o RS encontramos o paredão d´água. Deu até tempo de parar pra fechar e ventilação da jaqueta e ajustar as mangas na luva. Como se adiantasse. Em 3 minutos eu estava encharcado. Chuva forte mesmo. Minha calça, que não molhava, molhou. A água entrava por cima na jaqueta, descia pelo corpo, molhava as pernas, e chegou ao ponto de encharcar as botas. A Carolina se molhou tb, mas nem tanto, afinal tinha um escudo na frente. chegou apenas com um pé molhado e as luvas. Foi chuva forte até uns 80km antes de POA, de modo que deu pra dar uma secada até lá, mas cheguei no hotel que nem um gambá. Minha bota apodreceu. O banheiro do hotel ficou inabitável depois de eu tentar secar a bota com o secador de cabelos do hotel.

Neste dia não teve novidades, acabou não tendo fotos tb.

No outro dia cedinho as roupas estavam secas, exceto minhas botas, que passariam mais 750km molhadas nos meus pés, até Punta. Imagina o horror.

Férias em 2011 - viagem curta desta vez

Pois bem, chegaram as férias e é claro que eu tinha que viajar, e de moto!

Passei uma boa parte do final do ano passado e início deste ano planejando uma viagem de moto até Ushuaia, cidade mais ao sul no mundo, na terra do fogo. Pra fazer este roteiro eu teria que ter pelo menos uns 24 a 28 dias de férias, pra fazer conhecendo mais lugares, visto que próximo ao final do plano surgiu a oportunidade de ir "garupado". Indo sozinho eu ainda poderia dar uma de louco e fazer os 12 mil km de ida e volta nuns 15 a 17 dias, voando baixo pela Ruta 3 na ida e na volta, parando pouco e ficando 2 dias em Ushuaia, com garupa não daria pra fazer isso.

Acabou que consegui tirar apenas 15 dias de férias, de modo que os planos tiveram que ser alterados. A idéia passou a ser descer até Porto Alegre, Punta del Este no Uruguai, depois Buenos aires e ficar por lá por uns 5 ou 6 dias. Esta viagem seria feita parando mais, curtindo uma praia no Uruguai e conhecendo Buenos Aires direitinho.

Fiquei na estrada uns 13 dias, nem contei, conheci uma parte do Uruguai, do qual gostei muito, e Buenos Aires, que apesar de já ter rodado bastante na Argentina eu ainda não conhecia.

Experimetei uma viagem com garupa, que tem suas vantagens e desvantagens. Não sei se é melhor nem se é pior do que viajar sozinho na moto. É bom ter alguém pra conversar durante a rodagem, quando chega nos lugares, dar risada e tal, mas ao mesmo tempo tem horas que enche o saco. Se a dupla não for azeitada é mole ir junto e um voltar de Onibus ou avião. O peso extra também conta. A bandit já não é uma moto leve, mais a bagagem ela é bem pesadinha, contando com uma garupa e sua bagagem aí a coisa complica, botando tudo na ponta do lápis são perto de 400kg pra ficar equilibrando em arrancadas, paradas na beira da estrada e no trânsito mais pesado de alguma cidades. Mole.

Vamos lá.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

2010 - ano de realizar alguns sonhos

Voltei de viagem e em uma semana realizei outro sonho antigo.

Bandit 650N ano 2006.
Já estava negociando desde antes de viajar, quando voltei o negócio deu certo e acabei levando a ruivona pra casa.

Tesão de moto.

Aqui já com uma bolha pra exprimentar na estrada, melhora o conforto, piora muito o ruído e principalmente a estética, mas gosto é gosto e pra mim moto antes de bonita tem que ser funcional.


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Dia 25 - Lages a Joinville - 310km, Tô chegadno em casa.

Saio logo depois do almoço de lages. Estrada vazia e pneu novo, tudo que eu queria. Deu pra socar a bota na moto!

as 4 horas já estava em joinville, viagem tranquila, tempo bom, pouco movimento e o melhor. ESTAVA EM CASA!!!!

A sensação de descer da moto, pegar a chave e entrar em casa foi indescritível. Missão cumprida!!! Cumprida e comprida!! Foram longos 25 dias e longos 12150km até aqui. Estou fisicamente exausto, mentalmente renovado.

Nestes 25 dias senti calor, frio, fome, dor de barriga, saudade de casa, dos amigos, da família, até do trabalho...hehehe. Curti demais a viagem, mas depois de uma altura eu pensava muito neste momento, chegar em casa, tomar um banho de primeira categoria, deitar na cama e dormir até o outro dia de manhã. Não foi o que eu fiz, tinha que tirar a bagagem da moto, separar o que era de guardar, o que era de jogar fora, o que era de lavar. Tinha que ir ao mercado fazer comrpas, pois não havia deixado comida em casa pra não estragar. Enfim, acho que nestas férias trabalhei mais do que em dias normais.

Logo faço um post falando das lições aprendidas, do que se pode repetir, do que não se deve fazer. A experiência acumulada foi muita. De muita coisa só vou lembrar se me perguntarem, de de tantas outras não vou esquecer jamais.

Até logo.

Dia 24 - de Santra Cruz do Sul a Lages - SC - Aprox 420km.

Neste dia a primeira coisa foi ir até uma oficina de confiaça do novo amigo pra trocar o óleo da moto e ajustar a corrente que vinha estalando.

Feita a troca eu saio pra uma volta pela cidade, sozinho, tiro umas fotinhas e vou até a casa do Roger pra pegar as luvas emprestadas. Ele ainda queria me mostrar um parque na cidade, parque da gruta dos índios. A cidade, como não podereia deixar de ser no interior do RS é uma maravilha. No fim, tiramos uma foto que entendo que seja tradicional, pois ele fez questão de me levar lá no Fritz e na Frida. Eu tinha visto estes 2 na ida, agora parava na volta. heheh
Saí de Santa Cruz e ao chegar em Venâncio Aires começa uma chuva fria que me acompanhou até São Marcos. E eu andando no sapatinho com o pneu dianteiro careca. Não lembrei de tirar uma foto do pneu, mas estava feio.

Continuei a viagem até lages na maciota. Cheguei pelas 5 da tarde e nem fui até em casa, parei direto na oficina pra trocar o pneu, pois não sei se aguentaria mais 300km. Dei muita sorte não ter furado nenhuma vez nos ultimos 2 mil km, pois já vinha bem fino.

Cheguei em casa, finalmente. Bom, na casa dos pais, mas dá na mesma. Ainda faltavam 300 km que eu faria no outro dia. Incialmente tinha decidido ficar direto até a páscoa em lages, mas ao ver aquele mundo de bagagem suja no qual eu teria que por a mão e depois montar tudo de novo pra viajar, resolvi ir logo a joinville e voltar para a páscoa já enlatado, ou seja, de carro.

Dia 23 - de Santa Rosa a Santa Cruz do Sul - 350km.

Na noite anterior entrei em contato via internet com o Roger, amigo do M@D. Na verdade não nos conhecíamos. Ele apenas vinha acompanhando a viagem e viemos mantendo algum contato durante a mesma.

O caminho pelo interior do RS é fabuloso, campos, vales, serra, rios. Tava com saudade.

O caminho foi tranquilo. Logo depois de descer a serrinha que tem antes de candelária dou de cara com o Roger na estrada com sua fantástica RT. Ficamos ali uns 10 min jogando conversa fora, e eu o segui até sua casa. Tomamos um banho, um banho de verdade na estrada. Pela primeira vez tomei um sustinho com o pneu dianteiro careca, quando a moto deu uma aquaplanada de gente grande no retorno da ultrapassagem de um Del Rey.

Fica aqui o agradecimento ao Roger e sua esposa que me receberam em sua casa como um velho amigo para um churrasco. Passamos boa parte da tarde jogando conversa fora. Falamos da viagem, de outras viagens, falamos mal dos outros, demos risada e falamos de moto, é claro. Antes do churrasco ele foi me guiar até o hotel e o cabeção aqui tinha deixado o par de luvas aplinestar sobre o alforge. Nem me dei conta, só percebi quando, ao chegar no hotel, vejo apenas uma luva no chão. Tentei fazer o caminho de volta, não achei; liguei pro Roger ver se não estava na casa dele, ele depois me avisa que refez o caminho e também não achou. Enfim, fiquei com apenas uma mão de luva. No fim das contas ganhei do Roger o seu próprio par de luvas pra continuar a viagem. Elas estão aqui em casa, lavadas, sequinhas e são um ótimo motivo pra comer outro churrasco no RS....hehehe

Durante o churrasco vimos as fotos da viagem, viajamos um pouco mais juntos. Foi legal, eu me senti em casa. No fim, volto pro hotel e durmo que nem criança.

Acabou que nem tirei foto neste dia. Tiraram algumas do churrasco com outras máquinas que não a minha. Assim que eu recebêlas, posto aqui.