sexta-feira, 26 de março de 2010

Dia 17- arequipa a arica - 430km

Arequipa é uma cidade bem legal, já tem seus 480 anos de fundação espanhola e o centro histório é muito bonito, construido com pedra branca, muito porosa que eu não sei se é vulcânica ou não. Aliás, atrás da cidade, de grande parte dela avistam-se 3 montes muito altos, todos nevados, e um deles lembra muito a forma de um vulcão, ainda não pesquisei pra saber e nem perguntei pra ninguém.

Desde minha saída de cusco estou meio mal do estomago, passei a sentir mesmo em nasca, não sei se foi algo que comi, bebi ou se me desidratei no caminho terrível entre cusco e nasca. De fato, naquele dia, entre as 7 da manha e as 7 da noite tudo o que ingeri foram uns goles dágua e algumas folhas de coca. De lá pra cá tenho estado bem mal, não pára nada no estomago e eu já sinto as roupas afrouxando. estou tomando muito líquido, mas o que entra sai. Agora parti pra estratégia de comer sal. estou tomando um remédio pra isso mas está ajudando muito pouco.

De arequipa até arica o cenário não traz muitas surpresas, estou no meio do deserto, o mesmo que já rodei aprox 3000 km no total. Então é bem monótnono. Há sim umas subidas e descidas de serras, a chegada a moquegua e a Tacna são legais por trazerem um pouco de verde mas no geral o cenário já não me impressiona mais.

Uma coisa me chamou a atenção no peru, hehehe, aqui é mais fácil achar gasolina do que no chile, passa-se menos tempo sem ver um Griffo ( que é como eles chamam o posto de gasolina) do que no chile. Alguns aceitam cartão de crédito.

Chegando em tacna, se vc quiser tocar o que resta dos seus Soles (do peru eu não levo nem o dinheiro...hehehe) basta dar uma volta de moto em torno da plaza de armas, que por sinal é bem bonitinha, e vc vai ser abordado por homens de colete verde e calculadora na mão. Até que pagaram bem os poucos soles que eu tinha, deu 3400 pesos chilenos.

Falando em chile, estava feliz por chegar ao chile novamente. Primeiro a buracracia peruana para sair, não tão grande como para entrar, mas há. Vale dizer, peruanos não respeitam fila, se se não empurrar eles entram na sua frente. Nos guiches, eles não esperam atrás de ti, esperam ao seu lado, só faltam botar a cara pra dentro junto. Tome muito cuidado com seus documentos nessa hora. Saí do peru e finalmente chego na fronteira chilena, de cara o guarda me manda por a moto de lado, em local diverso dos demais. Eu paro onde ele mandou, pego meus papéis e começo a preencher tudo. Em 3 min vem um velho FDP e me manda tirar tudo da moto, tudo mesmo. Eu já tinha feito a declaração do que levava, perguintei se ele não poderia me inspecionar ali; dá um senhor trabalho tirar tudo da moto. Pois bem, o FDP me fez tirar tudo e atravessar a aduana toda com tudo nas costas sozinho, com uma senhora dor de barriga, pra passar tudo no raio-x. Me fizeram passar todas as malas, jaqueta, luvas e capacete. No fim me tiraram as poucas folhas de coca que eu trazia. Perguntaram se eu tinha e eu disse que sim, se disse não e eles achassem certamente seria pior. Depois me deram uma mijada por estar carregando combustível na moto, pois no chile segundo eles é proibido, e me mandaram passar. Feito isso aí é dar a entrada na imigração e fazer o registro do veículo, que eles chamam de importação temporária. Aqui outra merda. No peru, quando vc vai sair vc faz a tal declaração de passageiros, especificando o veículo e quem está nele. São 4 vias, que recebem 3 carimbos cada. Eles TÊM que deixar 2 contigo, e comigo só me deixaram UMA. Cornos, quando chego na imigração o cara diz que eu teria que ter 2 e queria que eu entrasse de novo no peru. Implorei e ele fez uma cópia pra mim.

Chegando em Arica parei no Hotel Lynch, indicação do nosso amigo Gedson Frasson, do M@D, barato e bom o suficiente pra passar uma noite. Neste dia eu estava muito mal do estomago. Pra dormir foi um parto.

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