sexta-feira, 12 de março de 2010

Dia 6 - Mendoza - 0km

Como de costume hoje acordei cedo, 7 horas, tomei o café da manha no quarto e já fui fuçando nos mapas do mapsource pra me programar pro dia de amanha.

Ontem pela noite o tio que cuida da portaria do hotel me explicou meio que de cabeça o caminho que eu deveria fazer pra chegar num local, segundo ele, relleno de tallers de moto. Saí da direção que eu achava que era a indicada, quem disse que eu achava. Até aí blz, já tinha desistido, aí comecei a procurar por alguma "estación de servicio" que tivesse um lubricentro, a que achei estava com o lubricentro fechado, comecei a achar que não era meu dia e pra não perder a viagem entrei na loja de conveniência e pedi um café. Fiquei lá sentado um tempo pensando na vida e no que faria agora. Como sou um cara curioso percebi que tinha uma mesa com uns 4 caras falando de moto na minha frente, e havia uma transalp e uma motoneta estacionadas na frente, fui lá e perguntei onde havia uma oficina de motos, e não é que um dos argentinos (que muitos dizem serem FDP, não são, definitivamente), dono da motoneta pegou sua motinho e atravessou a cidade para me levar no mecanico de sua confiança. Um salve pro Sandro, o argentino da motoneta, me lembrou o Dhum, pena que não tirei foto!!!

Então, na ofiina tinha uma pilha de motos velhas pra arrumar, xts, viragos, ktm, motihas 2 tempos, e umas fotos do mecanico fazendo trilha, pensei, este gosta do ofício, vai tratar bem minha moto. Expliquei que queria apenas a mão-de-obra, pois tinha tudo. Eles trocaram o óleo e no fim ainda dei risada vendo o cara procurar o local onde entrava o óleo novo...hehehe, deixei ele procurar uns 2 minutos até mostrar o cárter. Salvei a posição o GPS. O Alberto, dono da oficina, insistiu em tirar uma foto do brasileiro e disse que depois me enviaria via email. Eu prometi que indicaria a oficina. Vale a pena, eles fazem o serviço bem feito, cuidam da moto, limpam tudo certinho. No fim ele me cobrou 30 pesos pelo serviço, se fosse no brasil eu acharia uma putaria, mas a 2500km de casa, e dependendo deles eu achei um preço justo, dá algo como 12 pila.

Aproveitei e saí pra conhecer a cidade de moto. Mendoza é fácil de andar, a cidade tem quadras retas, o que me faz supor ter sido planejada, e é incrível como é arborizada. mesmo os bairros afastados e mais pobres são cobertos de árvores. Vendo a cidade de cima, do cerro de la glória dá pra ter uma idéia disso, não se consegue ver as ruas e a nem maioria das casas. Vemos apenas alguns prédios maiores. Impressionante é o parque san martin. No meio de um deserto eles fizeram um parque na parte mais alta da cidade para conter as águas da chuva que desciam trazendo pedras e terra das montanhas em dias de chuva mais forte. Isso foi em 1906. Isso que é planejamento, no brasil estamos acostumados a ver obras serem feitas pra eleger gente, ou seja só se pensa de 4 em 4 anos. O parque tem um sistema intrincado de irrigação, que se estende até a cidade, para manter as arvores verdes. Genial.

O comércio é muito bom, se eu estivesse de carro faria besteira, como não posso carregar mais nada me limitei a comprar uma garrafa térmica de inox e um torrone de meio quilo...hehe o resto gastei em comida e vinho, faltaram as mulheres e drogas. Vale a pena fazer um passeio de onibus aberto, é programa de turista europeu de pele rosada e cabelo ruivo, mas dá pra conhecer bem o parque e o tal cerro de la glória, com direito a explicação em espanhol, por 15 pesos, uns 7 pila.

O resto são fotos.

Mendoza entrou pra minha lista de cidades nas quais eu viveria. Comércio bom, clima bom, bonita, bem cuidada, com uma vida noturna intensa, mulheres bonitas (sim), preços bons (talvez vivendo aqui não sejam tão bons)

Amanha é dia de subir a cordilheira e atravessar rumo ao Chile, já me informei e me disseram que o paso de los libertadores está bom. Vamos ver. Ainda, me informaram que La serena é bonita demais. O tio da recepção disse pra eu tomar cuidado com os chilenos, segund ele são todos filhos da puta, e com os caminhoneiros, que são fdp independente da nacionalidade segundo ele. heheheh Engraçado é que no Chile falam o mesmo, só que dos argentinos, pq será?




Abraço

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